quinta-feira, 9 de abril de 2020

MÓDULO 4 - SOCIEDADE E TRABALHO

O QUE VOCÊ VAI ESTUDAR



 SOCIEDADE E TRABALHO
MÓDULO IV      


    O QUE PRETENDEMOS

QUE VOCÊ SEJA CAPAZ DE: 
- Definir Trabalho;
- Conhecer o Perfil de trabalhador exigido pelo Mercado;
- Identificar as formas de organização da produção industrial, trabalho fabril durante o século XX;
- Identificar em que situações a Lei considera Trabalho Escravo no Brasil.
-SUA NOTA dependerá da SUA INTERATIVIDADE EM CADA MÓDULO E PARTICIPAÇÃO NAS ATIVIDADES REMOTAS .



O trabalho é a atividade por meio da qual o ser humano produz sua própria existência. Essa afirmação condiz com a definição dada por Karl Marx quanto ao que seria o trabalho. A idéia não é que o ser humano exista em função do trabalho, mas é por meio dele que produz os meios para manter-se vivo. Dito isso, o impacto do trabalho e do seu contexto exercem grande influência na construção do sujeito. Assim, existem áreas do conhecimento dedicadas apenas a estudar as diferentes formas em que se constituem as relações de trabalho e seus desdobramentos na vida de cada um de nós.


Não seria difícil, então, de se imaginar que, quando as relações de trabalho alteram-se no fluxo de nossa história, as nossas estruturas sociais também são alteradas, principalmente a forma como se estruturavam nossas relações, posições na hierarquia social, formas de segregação e, em grande parte, aspectos culturais erguidos em torno das relações de trabalho.
O trabalho no decorrer da história
Tomemos como exemplo o rápido processo de mudança que atingiu os países europeus no início do século XVIII, o qual hoje chamamos de Primeira Revolução Industrial. As relações de trabalho, anteriormente, eram fortemente agrárias, constituídas dentro do âmbito familiar. O ofício dos pais era geralmente passado aos filhos, o que garantia a construção de uma forte identidade ligada ao labor a que o sujeito se dedicava. O indivíduo estava ligado a terra, de onde tirava seu sustento e o de sua família. A economia baseava-se na troca de serviços ou de produtos concretos, e não no valor fictício agregado a uma moeda. Da mesma forma, o trabalho também estava agregado à obtenção direta de bens de consumo, e não a um valor variável de um salário pago com uma moeda de valor igualmente variável. A estrutura social era rígida, com pouca ou nenhuma mobilidade para os sujeitos, ou seja, um camponês nascia e morria camponês da mesma forma que um nobre nascia e morria nobre.
As mudanças trazidas pelo surgimento da indústria alteraram profundamente o sentido estabelecido para o trabalho e para a relação do sujeito com ele. A impessoalidade nas linhas de montagem que a adoção do Fordismo trouxe, em que milhares de pessoas amontoavam-se diante de uma atividade repetitiva em uma linha de montagem, sem muitas vezes nem ver o resultado final de seu esforço, passou a ser a principal característica do trabalho industrial.

O TRABALHO PRESENTE E FUTURO (PARTE 1)
As transformações de nossas relações de trabalho não pararam na Revolução Industrial, pois ainda hoje o caráter de nossas atividades modifica-se. Contudo, as forças que motivam essas mudanças são outras. A globalização é um dos fenômenos mais significativos da história humana e, da mesma forma que modificou nossas relações sociais mais íntimas, modificou também nossas relações de trabalho. A possibilidade de estarmos interconectados a todo momento encurtou distâncias e alongou nosso período de trabalho. O trabalho formal remunerado, que antes estava recluso entre as paredes das fábricas e escritórios, hoje nos persegue até em casa e demanda parte de nosso tempo livre, haja vista a crescente competitividade inerente ao mercado de trabalho.
A grande flexibilidade e a exigência por uma mão de obra cada vez mais especializada fazem com que o trabalhador dedique cada vez mais tempo de sua vida para o aperfeiçoamento profissional. Essa é uma das origens das grandes desigualdades sociais da sociedade contemporânea, uma vez que apenas aqueles que dispõem de tempo e dinheiro para dedicar-se ao processo de formação profissional, caro e exigente, conseguem subir na hierarquia social e econômica.
A introdução da automação na produção de bens de consumo tornou, em grande parte, a mão de obra humana obsoleta, aumentando o tamanho do exército de trabalhadores e diminuindo o valor da força de trabalho nos países que dispõem de grande população, mas com baixa especialização. Como resultado, a situação do trabalho só piora, pois se preocupar com o bem-estar do empregado é algo caro e, na concepção que prioriza o lucro monetário, não é um investimento que garanta renda imediata.
Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/o-trabalho-futuro.htm
O TRABALHO PASSADO E FUTURO (PARTE 2) 

O trabalho remunerado no Brasil e no mundo está em crise.
O mundo do trabalho nas últimas décadas tem passado por inúmeras transformações, onde a partir dos anos 1980, com a Globalização dos mercados, as grandes corporações e seus investidores focam mais nos lucros a curto prazo e por conseqüências os empregos começaram a cruzar rapidamente as fronteiras em busca de melhores oportunidades de riqueza. Outro fator que vale ressaltar é a automação da produção oriundo dos avanços da tecnologia de informação, que tornou mais barato investir em máquinas do que pagar pessoas para trabalharem.

O mercado exige mudanças sociais, econômicas e culturais porque a regra é rapidez, competência e competitividade, foco por produtividade imediata.
Daí a necessidade de uma educação continuada, permanente, para atender as exigências cada vez maiores das necessidades do mercado.

      O mercado é exigente e de poucas oportunidades. O mercado exige que as pessoas devam possuir a capacidade de exercer múltiplas funções, o trabalhador polivalente, baseado na forma de organização da produção industrial denominado Toyotismo, onde o trabalhador passa a desempenhar várias tarefas, realidade oposto ao processo praticado no século XX denominado Fordismo, no qual o trabalhador realizava apenas um trabalho específico.


      Diante dessa nova realidade nota-se o desaparecimento de algumas profissões, principalmente aquelas operacionais tais como: cobrador de ônibus, caixas bancários, “pesadores de frutas e legumes em supermercados”, etc. Porém tendem a ter maiores oportunidades como turismo, meio ambiente, robótica, analistas de Ti, profissionais de medicina etc.

         Mundo em mudança. Em um mundo é dinâmico, rápido, competitivo e informacional, é fundamental estarmos antenados, conectados, informados, atentos e ligados nas novas tecnologias, nas novas modalidades de ensino/aprendizagem.




  O TRABALHO ESCRAVO (PARTE 3)




Dentre os modos de produção temos: o modo de produção ESCRAVISTA, o PRIMITIVO, o ASIÁTICO, o FEUDAL, o CAPITALISTA e o SOCIALISTA.

A Escravidão nas sociedades que a adotaram no decorrer da história nunca foi linear. Exemplo, na Europa ocidental passou-se da comunidade primitiva à escravidão e daí ao feudalismo, mas em outros lugares a história dos povos seguiu outros caminhos (da comunidade primitiva ao modo de produção asiática e daí ao capitalismo).

Na sociedade ESCRAVISTA, os escravos não tinham direitos a nada, não podiam vender sua força de trabalho nem empregá-la em benefício próprio. Recebiam apenas comida necessária para continuar sobrevivendo e produzindo para os senhores.
O trabalho escravo contemporâneo é crime, previsto no artigo 149 do Código Penal Brasileiro.

 A ESCRAVIDÃO NO BRASIL

Segundo estimativa da organização não-governamental internacional Walk Free, o Brasil tinha cerca de 155 mil pessoas nessa situação. De acordo com o Ministério do Trabalho, nos últimos 20 anos quase 50 mil trabalhadores em situação análoga à escravidão foram resgatados. O perfil dessas pessoas mostra que a grande maioria atuava nos setores de extração de minérios, construção civil, agricultura e pecuária. Mas em capitais como São Paulo, muitos imigrantes de países como Bolívia, Peru, Paraguai e Haiti são aliciados para trabalhar em condições de escravidão em confecções, servindo a famosas grifes de moda e redes varejistas.
A ESCRAVIDÃO NO MUNDO

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que existam cerca de 21 milhões de trabalhadores no mundo vivendo em condições análogas à escravidão.
CONDIÇÕES ANÁLOGAS À ESCRAVIDÃO
Chamamos de “condições análogas à escravidão” situações que atentam contra a dignidade e a liberdade do trabalhador. Pode ser considerado uma forma moderna de escravidão submeter o empregado a condições degradantes de trabalho, com confinamento, violência física e psicológica e jornadas exaustivas de trabalho. “Qualquer forma de explorar a servidão por dívida também configura escravidão – muitas vezes o empregado contrai dívidas de transporte, aluguel ou alimentação com o empregador, que passa a descontar os valores do salário e impedir que ele deixe o emprego”. Veja mais em: https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/a-persistencia-do-trabalho-escravo-no-brasil-e-no-mundo/

O Governo brasileiro tenta modificar o conceito atual de trabalho escravo via Portaria do Ministério do Trabalho, medida essa que coloca em risco o combate ao trabalho escravo no Brasil.. Veja mais em: https://www.cartacapital.com.br/sociedade/medida-do-governo-temer-coloca-em-risco-combate-ao-trabalho-escravo/


Todavia, em função da pressão da sociedade a Ministra do STF Rosa Weber suspende a portaria que alterava critérios para trabalho escravo... - Veja mais em:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

- Caderno de Estudo – Apostila – Ensino Personalizado de Sociologia  - Nível Médio – Módulo IV – Escola Prof.ª Tereza Donato de Araújo – Professor Andretti Lemos. Marabá- PA, 2016.

- Caderno de Estudo – Apostila – Ensino Personalizado de Sociologia  - Nível Médio – Módulo III – CEEJA – Professor Luiz Octávio Pereira. Belém- PA, 2011.
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução a Sociologia. São Paulo: Ed. Ática, 2008.Pág.158,159.
- www.mundojovem.com.br – ano: 2009, 2013, 2014 e 2015.



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1 . (UFES) Leia as afirmativas e marque a alternativa correta.

I.               O Fordismo é uma forma de organização do trabalho característica da sociedade industrial, que proporciona uma produção de massa e uma profunda especialização do trabalho.

II.            O trabalhador na organização fordista de produção desconhece a produção final fruto do seu trabalho, assim como, fica preso a linha de montagem com funções repetitivas e rotineiras.

III.            No Fordismo, o trabalhador apresenta um elevado grau de qualificação, proporcionado pela aplicação de conhecimentos técnicos na administração do trabalhador e da produção, além de apresentar uma produção flexibilizada.

A marque a opção correta:

(A)  I.

(B)  II

(C)  I e II

(D)  I, II, III. 

2 . Em mais de dois quartos do século XX, o Fordismo predominou como modelo de organização do trabalho nas sociedades capitalistas. Marque a opção que não caracteriza o Fordismo:

(A) Apresenta uma profunda especialização do trabalho, em que o operário é preso à linha de montagem.

(B) A produção em massa e o consumo em massa marcam o modelo fordista de produção, iniciado por Henry Ford em suas fábricas nos EUA.

(C) Apresentou uma definida divisão do trabalho, em que o operário desenvolve apenas uma função repetitiva e rotineira.

(D) A produção do modelo fordista está diretamente relacionada ao avanço das técnicas de robótica e automação industrial.

 

3. A luta para reduzir a Jornada de Trabalho com a finalidade de gerar mais emprego, dar mais qualidade de vida ao trabalhador. Essa é luta do movimento operário de várias entidades ligadas:

 

(A) aos empresários da indústria.

(B) aos sindicatos e centrais sindicais.

(C) aos empresários do comércio.

(D) aos banqueiros.

 

4. QUESTÃO (ENEM 2013)

O governo de Cingapura, que vem enfrentando reclamações de residentes que precisam competir com estrangeiros por emprego, endureceu as regras para que empresas contratem funcionários de outros países para posições de nível médio. A partir de janeiro de 2012, um estrangeiro precisa ganhar 3 000 dólares cingapurianos (2 493 dólares americanos) ou mais por mês antes de se qualificar para um visto de trabalho que lhe permitirá trabalhar em Cingapura. Cingapura endurece regras para contratação de estrangeiros. Disponível em: www.estadao.com.br. Acesso em: 17 ago. 2011 (adaptado).

As medidas adotadas pelo governo de Cingapura objetivam favorecer a:

a) inserção da mão de obra local no mercado de trabalho.

b) participação de população imigrante no setor terciário.

c) ação das empresas estatais na economia nacional.

d) expansão dos trabalhadores estrangeiros no setor primário.

e) captação de recursos financeiros internacionais.

5. (UFU) Marque a alternativa que consta as afirmativas corretas:

I. A servidão é a relação de trabalho característica da antiguidade, marcada pela submissão do trabalhador a terra.

II. A escravidão caracteriza-se como forma de exploração da força de trabalho do ser humano, em geral as pessoas são forçadas a exercer uma atividade contra sua vontade, sob ameaça, violência física e psicológicas ou outras formas de intimidações.

III.O trabalho assalariado é caracterizado pela remuneração regular do trabalhador, pela venda de sua força de trabalho.

(A)  II

(B)  I e II

(C)  II e III

(D)  Apenas a I.

QUESTÃO 06________________________

Considerando que as relações de produção acabam por determinar as relações sociais, vivemos num momento histórico em que as relações de produção fordista estão sendo substituídas pelo:

A)   Toyotismo.

B)   Volvoismo.

C)   Taylorismo.

D)   Socialismo.

E)   Keynesianismo.

 

QUESTÃO 07________________________

 “A burguesia só pode existir com a condição de revolucionar incessantemente os instrumentos de produção, por conseguinte, as relações de produção e, com isso, todas as relações sociais”.

(MARX. K; ENGELS, F. O Manifesto Comunista 150 anos depois. Rio de Janeiro: Contraponto: São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1998).

O trecho reproduzido acima destaca uma característica fundamental da burguesia no desenvolvimento do capitalismo, marque a alternativa correta.

A)   O dinamismo social da burguesia.

B)   O caráter estático da burguesia.

C)   O caráter restrito da produção sob a condução da burguesia.

D)   O tradicionalismo da burguesia.

E)   A negação da inovação tecnológica por parte da burguesia.

 

OBS: Caro aluno(a), favor enviar as respostas do QUESTIONÁRIO no meu e-mail SEDUC: guilherme.filho@escola.seduc.pa.gov.br, ou pelo Whatsapp (no PV) ou Telegram (no PV).


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