- Conhecer o Perfil de
trabalhador exigido pelo Mercado;
- Identificar as formas de
organização da produção industrial, trabalho fabril durante o século XX;
- Identificar em que
situações a Lei considera Trabalho Escravo no Brasil. -SUA NOTA dependerá da SUAINTERATIVIDADE EM CADA MÓDULO E PARTICIPAÇÃO NAS ATIVIDADES REMOTAS .
O trabalho é a atividade
por meio da qual o ser humano produz sua própria existência. Essa afirmação
condiz com a definição dada por Karl Marx quanto ao que seria
o trabalho. A idéia não é que o ser humano exista em função do trabalho, mas é
por meio dele que produz os meios para manter-se vivo. Dito isso, o impacto do
trabalho e do seu contexto exercem grande influência na construção do sujeito.
Assim, existem áreas do conhecimento dedicadas apenas a estudar as diferentes
formas em que se constituem as relações de trabalho e seus desdobramentos na
vida de cada um de nós.
Não seria difícil, então, de se imaginar que, quando as relações de
trabalho alteram-se no fluxo de nossa história, as nossas estruturas sociais
também são alteradas, principalmente a forma como se estruturavam nossas
relações, posições na hierarquia social, formas de segregação e, em grande
parte, aspectos culturais erguidos em torno das relações de trabalho.
O trabalho no decorrer da história
Tomemos como exemplo o rápido processo de mudança que atingiu os países
europeus no início do século XVIII, o qual hoje chamamos de Primeira
Revolução Industrial. As relações de trabalho, anteriormente, eram
fortemente agrárias, constituídas dentro do âmbito familiar. O ofício dos pais
era geralmente passado aos filhos, o que garantia a construção de uma forte
identidade ligada ao labor a que o sujeito se dedicava. O indivíduo estava
ligado a terra, de onde tirava seu sustento e o de sua família. A
economia baseava-se na troca de serviços ou de produtos concretos, e não no
valor fictício agregado a uma moeda. Da mesma forma, o trabalho também estava
agregado à obtenção direta de bens de consumo, e não a um valor variável de um
salário pago com uma moeda de valor igualmente variável. A estrutura social era
rígida, com pouca ou nenhuma mobilidade para os sujeitos, ou seja, um camponês
nascia e morria camponês da mesma forma que um nobre nascia e morria nobre.
As mudanças trazidas pelo surgimento da indústria alteraram
profundamente o sentido estabelecido para o trabalho e para a relação do
sujeito com ele. A impessoalidade nas linhas de montagem que a adoção
do Fordismo trouxe, em que milhares de pessoas amontoavam-se
diante de uma atividade repetitiva em uma linha de montagem, sem muitas vezes
nem ver o resultado final de seu esforço, passou a ser a principal
característica do trabalho industrial.
O TRABALHO PRESENTE E FUTURO (PARTE 1)
As transformações de nossas relações de trabalho não pararam na
Revolução Industrial, pois ainda hoje o caráter de nossas atividades
modifica-se. Contudo, as forças que motivam essas mudanças são outras. A globalização é
um dos fenômenos mais significativos da história humana e, da mesma forma que
modificou nossas relações sociais mais íntimas, modificou também nossas
relações de trabalho. A possibilidade de estarmos interconectados a todo
momento encurtou distâncias e alongou nosso período de trabalho. O
trabalho formal remunerado, que antes estava recluso entre as paredes das
fábricas e escritórios, hoje nos persegue até em casa e demanda parte de nosso
tempo livre, haja vista a crescente competitividade inerente ao mercado de
trabalho.
A grande flexibilidade e a exigência por uma mão de obra cada vez mais
especializada fazem com que o trabalhador dedique cada vez mais tempo de sua
vida para o aperfeiçoamento profissional. Essa é uma das origens das grandes
desigualdades sociais da sociedade contemporânea, uma vez que apenas aqueles
que dispõem de tempo e dinheiro para dedicar-se ao processo de formação
profissional, caro e exigente, conseguem subir na hierarquia social e
econômica.
A introdução da automação na produção de bens de consumo tornou, em
grande parte, a mão de obra humana obsoleta, aumentando o tamanho do exército
de trabalhadores e diminuindo o valor da força de trabalho nos países que
dispõem de grande população, mas com baixa especialização. Como resultado, a
situação do trabalho só piora, pois se preocupar com o bem-estar do empregado é
algo caro e, na concepção que prioriza o lucro monetário, não é um investimento
que garanta renda imediata.
O trabalho remunerado no
Brasil e no mundo está em crise.
O mundo do trabalho nas
últimas décadas tem passado por inúmeras transformações, onde a partir dos anos
1980, com a Globalização dos mercados, as grandes corporações e seus
investidores focam mais nos lucros a curto prazo e por conseqüências os
empregos começaram a cruzar rapidamente as fronteiras em busca de melhores
oportunidades de riqueza. Outro fator que vale ressaltar é a automação da
produção oriundo dos avanços da tecnologia de informação, que tornou mais
barato investir em máquinas do que pagar pessoas para trabalharem.
O mercado exige mudanças
sociais, econômicas e culturais porque a regra é rapidez, competência e
competitividade, foco por produtividade imediata.
Daí a necessidade de uma
educação continuada, permanente, para atender as exigências cada vez maiores das
necessidades do mercado.
•O
mercado é exigente e de poucas oportunidades. O mercado exige que as pessoas devam
possuir a capacidade de exercer múltiplas funções, o trabalhador polivalente, baseado
na forma de organização da produção industrial denominadoToyotismo,
onde o trabalhador passa a desempenhar várias tarefas, realidade oposto ao
processo praticado no século XX denominado Fordismo,
no qual o trabalhador realizava apenas um trabalho específico.
•Diante
dessa nova realidade nota-se o desaparecimento de algumas profissões,
principalmente aquelas operacionais tais como: cobrador de ônibus, caixas
bancários, “pesadores de frutas e legumes em supermercados”, etc. Porém tendem
a ter maiores oportunidades como turismo, meio ambiente, robótica, analistas de
Ti, profissionais de medicina etc.
Mundo em mudança. Em um
mundo é dinâmico, rápido, competitivo e informacional, é fundamental estarmos
antenados, conectados, informados, atentos e ligados nas novas tecnologias, nas
novas modalidades de ensino/aprendizagem.
Dentre os modos de
produção temos: o modo de produção ESCRAVISTA, o PRIMITIVO, o
ASIÁTICO, o FEUDAL, o CAPITALISTA e o SOCIALISTA.
A Escravidão nas sociedades
que a adotaram no decorrer da história nunca foi linear. Exemplo, na Europa
ocidental passou-se da comunidade primitiva à escravidão e daí ao feudalismo,
mas em outros lugares a história dos povos seguiu outros caminhos (da
comunidade primitiva ao modo de produção asiática e daí ao capitalismo).
Na sociedade ESCRAVISTA, os
escravos não tinham direitos a nada, não podiam vender sua força de trabalho
nem empregá-la em benefício próprio. Recebiam apenas comida necessária para
continuar sobrevivendo e produzindo para os senhores.
O
trabalho escravo contemporâneo é crime, previsto no artigo 149 do Código Penal Brasileiro.
A
ESCRAVIDÃO NO BRASIL
Segundo estimativa da organização não-governamental internacional Walk Free, o Brasil tinha cerca de 155 mil pessoas nessa situação. De acordo com o Ministério do Trabalho, nos últimos 20 anos quase 50 mil trabalhadores em situação análoga à escravidão foram resgatados. O perfil dessas pessoas mostra que a grande maioria atuava nos setores de extração de minérios, construção civil, agricultura e pecuária. Mas em capitais como São Paulo, muitos imigrantes de países como Bolívia, Peru, Paraguai e Haiti são aliciados para trabalhar em condições de escravidão em confecções, servindo a famosas grifes de moda e redes varejistas.
A
ESCRAVIDÃO NO MUNDO
A Organização Internacional do
Trabalho (OIT) estima que existam cerca de 21 milhões de trabalhadores no mundo
vivendo em condições análogas à escravidão.
CONDIÇÕES
ANÁLOGAS À ESCRAVIDÃO
Chamamos de “condições análogas à
escravidão” situações que atentam contra a dignidade e a liberdade do
trabalhador. Pode ser considerado uma forma moderna de escravidão submeter o
empregado a condições degradantes de trabalho, com confinamento, violência
física e psicológica e jornadas exaustivas de trabalho. “Qualquer forma de
explorar a servidão por dívida também configura escravidão – muitas vezes o
empregado contrai dívidas de transporte, aluguel ou alimentação com o
empregador, que passa a descontar os valores do salário e impedir que ele deixe
o emprego”. Veja mais em:https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/a-persistencia-do-trabalho-escravo-no-brasil-e-no-mundo/
Todavia, em função da
pressão da sociedade a Ministra do STF Rosa Weber
suspende a portaria que alterava critérios para trabalho escravo... - Veja mais
em:
-
Caderno de Estudo – Apostila – Ensino Personalizado de Sociologia - Nível Médio – Módulo IV – Escola Prof.ª
Tereza Donato de Araújo – Professor Andretti Lemos. Marabá- PA, 2016.
-
Caderno de Estudo – Apostila – Ensino Personalizado de Sociologia - Nível Médio – Módulo III – CEEJA –
Professor Luiz Octávio Pereira. Belém- PA, 2011.
Fique
ligado. Ao receber a imagem no Grupo de Sociologia, faça o seu comentário
sobre o perfil do trabalhador do século XXI.
BASE MODULO 4 - envie pelo email, Whatsapp (no PV) ou Telegram (no
PV).
1 . (UFES) Leia as afirmativas e marque a alternativa
correta.
I. O Fordismo é uma forma de organização do
trabalho característica da sociedade industrial, que proporciona uma produção
de massa e uma profunda especialização do trabalho.
II.O
trabalhador na organização fordista de produção desconhece a produção final
fruto do seu trabalho, assim como, fica preso a linha de montagem com funções
repetitivas e rotineiras.
III. No Fordismo, o trabalhador apresenta um
elevado grau de qualificação, proporcionado pela aplicação de conhecimentos
técnicos na administração do trabalhador e da produção, além de apresentar uma
produção flexibilizada.
A marque a opção correta:
(A) I.
(B) II
(C) I e II
(D) I, II, III.
2 . Em mais
de dois quartos do século XX, o Fordismo predominou como modelo de organização
do trabalho nas sociedades capitalistas. Marque a opção que não caracteriza o Fordismo:
(A)Apresenta uma profunda especialização
do trabalho, em que o operário é preso à linha de montagem.
(B)A produção em massa e o consumo em
massa marcam o modelo fordista de produção, iniciado por Henry Ford em suas
fábricas nos EUA.
(C)Apresentou uma definida divisão do
trabalho, em que o operário desenvolve apenas uma função repetitiva e
rotineira.
(D)A produção do modelo fordista está
diretamente relacionada ao avanço das técnicas de robótica e automação
industrial.
3. A luta
para reduzir a Jornada de Trabalho com a finalidade de gerar mais emprego, dar
mais qualidade de vida ao trabalhador. Essa é luta do movimento operário de
várias entidades ligadas:
(A) aos empresários da
indústria.
(B) aos sindicatos e
centrais sindicais.
(C) aos empresários do
comércio.
(D) aos banqueiros.
4. QUESTÃO (ENEM
2013)
O governo de
Cingapura, que vem enfrentando reclamações de residentes que precisam competir
com estrangeiros por emprego, endureceu as regras para que empresas contratem
funcionários de outros países para posições de nível médio. A partir de janeiro
de 2012, um estrangeiro precisa ganhar 3 000 dólares cingapurianos (2 493
dólares americanos) ou mais por mês antes de se qualificar para um visto de
trabalho que lhe permitirá trabalhar em Cingapura. Cingapura endurece regras para
contratação de estrangeiros. Disponível em: www.estadao.com.br. Acesso em: 17
ago. 2011 (adaptado).
As medidas
adotadas pelo governo de Cingapura objetivam favorecer a:
a) inserção da
mão de obra local no mercado de trabalho.
b)
participação de população imigrante no setor terciário.
c) ação das
empresas estatais na economia nacional.
d) expansão
dos trabalhadores estrangeiros no setor primário.
e) captação de
recursos financeiros internacionais.
5. (UFU)
Marque a alternativa que consta as afirmativas corretas:
I. A servidão
é a relação de trabalho característica da antiguidade, marcada pela submissão
do trabalhador a terra.
II. A
escravidão caracteriza-se como forma de exploração da força de trabalho do ser
humano, em geral as pessoas são forçadas a exercer uma atividade contra sua
vontade, sob ameaça, violência física e psicológicas ou outras formas de
intimidações.
III.O
trabalho assalariado é caracterizado pela remuneração regular do trabalhador,
pela venda de sua força de trabalho.
(A) II
(B) I e II
(C) II e III
(D) Apenas a I.
QUESTÃO 06________________________
Considerando que as relações de
produção acabam por determinar as relações sociais, vivemos num momento
histórico em que as relações de produção fordista estão sendo substituídas
pelo:
A)Toyotismo.
B)Volvoismo.
C)Taylorismo.
D)Socialismo.
E)Keynesianismo.
QUESTÃO 07________________________
“A burguesia só pode existir com a condição de
revolucionar incessantemente os instrumentos de produção, por conseguinte, as
relações de produção e, com isso, todas as relações sociais”.
(MARX. K; ENGELS, F. O Manifesto
Comunista 150 anos depois. Rio de Janeiro: Contraponto: São Paulo: Fundação
Perseu Abramo, 1998).
O trecho reproduzido acima destaca uma
característica fundamental da burguesia no desenvolvimento do capitalismo,
marque a alternativa correta.
A)O
dinamismo social da burguesia.
B)O
caráter estático da burguesia.
C)O
caráter restrito da produção sob a condução da burguesia.
D)O
tradicionalismo da burguesia.
E)A
negação da inovação tecnológica por parte da burguesia.
OBS: Caro aluno(a), favor enviar as
respostas do QUESTIONÁRIO no meu e-mail SEDUC:
guilherme.filho@escola.seduc.pa.gov.br, ou pelo Whatsapp (no PV) ou
Telegram (no
PV).
Professor de Sociologia do ensino médio
Especialista em Educação de Jovens e Adultos. Integra a equipe do CEEJA, exercendo atividades na Escola Profª. Tereza Donato de Araújo.
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